quarta-feira, 24 de setembro de 2014
Paulo Bragança - canta "a cappella"
Paulo Bragança à cappella durante as festividades do Dia de Portugal em Toronto. Junho de 1993
letra
Por trás do espelho quem está
Ai de olhos fixados nos meus?
Alguém que passou por cá
E seguiu ao deus-dará
Deixando os olhos nos meus.
Quem dorme na minha cama,
E tenta sonhar meus sonhos?
Alguém morreu nesta cama,
E lá do alto me chama
Misturada com os meus sonhos.
Tudo o que faço ou não faço,
Ai outros fizeram assim
Daí este meu cansaço
De sentir que quanto faço
Não é feito só por mim.
Ai de olhos fixados nos meus?
Alguém que passou por cá
E seguiu ao deus-dará
Deixando os olhos nos meus.
Quem dorme na minha cama,
E tenta sonhar meus sonhos?
Alguém morreu nesta cama,
E lá do alto me chama
Misturada com os meus sonhos.
Tudo o que faço ou não faço,
Ai outros fizeram assim
Daí este meu cansaço
De sentir que quanto faço
Não é feito só por mim.
Rui Veloso _primeiro beijo
Rui Veloso
Valéria Carvalho e Banda - "RUI VELOSO EM JEITO DE BOSSA"
Voz, Violão e Concepção Valéria Carvalho
Bandolim e Violão Eduardo Miranda
Contrabaixo Yuri Daniel
Acordeão Carlos Lopes
Primeiro Beijo
Recebi o teu bilhete
para ir ter ao jardim
a tua caixa de segredos
queres abri-la para mim
e tu nao vais fraquejar
ninguém vai saber de nada
juro nao me vou gabar
a minha boca é sagrada
para ir ter ao jardim
a tua caixa de segredos
queres abri-la para mim
e tu nao vais fraquejar
ninguém vai saber de nada
juro nao me vou gabar
a minha boca é sagrada
Estar mesmo atrás de ti
ver-te da minha carteira
sei de cor o teu cabelo
sei o shampoo a que cheira
já não como, já não durmo
e eu caia se te minto
havera gente informada
se é amor isto que sinto
ver-te da minha carteira
sei de cor o teu cabelo
sei o shampoo a que cheira
já não como, já não durmo
e eu caia se te minto
havera gente informada
se é amor isto que sinto
Quero o meu primeiro beijo
não quero ficar impune
e dizer-te cara a cara
muito mais é o que nos une
que aquilo que nos separa
não quero ficar impune
e dizer-te cara a cara
muito mais é o que nos une
que aquilo que nos separa
Promete lá outro encontro
foi tão fogaz que nem deu
para ver como era o fogo
que a tua boca prometeu
pensava que a tua língua
sabia a flôr do jasmim
sabe a chicla de mentol
e eu gosto dela assim
foi tão fogaz que nem deu
para ver como era o fogo
que a tua boca prometeu
pensava que a tua língua
sabia a flôr do jasmim
sabe a chicla de mentol
e eu gosto dela assim
Quero o meu primeiro beijo
não quero ficar impune
e dizer-te cara a cara
muito mais é o que nos une
que aquilo que nos separa.
Música: Rui Veloso
Letra: Carlos T
não quero ficar impune
e dizer-te cara a cara
muito mais é o que nos une
que aquilo que nos separa.
Música: Rui Veloso
Letra: Carlos T
segunda-feira, 22 de setembro de 2014
Paisagens Propícias
O Sul
O sol o sul o sal
as mãos de alguém ao sol
o sal do sul ao sol
o sol em mãos do sul
e mãos de sal ao sol
O sal do sul em mãos de sol
e mãos de sul ao sol
um sol de sal ao sul
o sol ao sul
o sal ao sol
o sal o sol
e mãos de sul sem sol nem sal
Para quando enfim amor
no sul ao sol
uma mão cheia de sal?
Ruy Duarte de Carvalho
O sol o sul o sal
as mãos de alguém ao sol
o sal do sul ao sol
o sol em mãos do sul
e mãos de sal ao sol
O sal do sul em mãos de sol
e mãos de sul ao sol
um sol de sal ao sul
o sol ao sul
o sal ao sol
o sal o sol
e mãos de sul sem sol nem sal
Para quando enfim amor
no sul ao sol
uma mão cheia de sal?
Ruy Duarte de Carvalho
Paisagens Propícias
Publicado a 24/01/2013
coreografia Rui Lopes Graça
música original João Lucas
figurinos e cenografia Nuno Guimarães
esculturas Issac Dikuiza Rodrigues
desenho de luz Jorge Ribeiro
interpretação Armando Mavo, Adilson Valente, André Baptista, Daniel Curti, Benjamim Curti, Samuel Curti, António Sande
produção executiva Jorge António
direção artística Ana Clara Guerra Marques
produção Companhia de Dança Contemporânea de Angola
estreia 18Jan2013 Teatro Camões (Lisboa)
dur. aprox. 1:15
M/4 anos
Da poesia à antropologia, passando pelo cinema e prolongando-se naturalmente nos confins da ficção. A obra do angolano Ruy Duarte de Carvalho (1941-2010) é uma arte genial de atravessar fronteiras -- disciplinares, geográficas e culturais. Paisagens Propícias é o nome do lugar onde o coreógrafo Rui Lopes Graça e os bailarinos da Companhia de Dança Contemporânea de Angola se encontraram para dançar o universo do autor de Vou Lá Visitar Pastores (1999), livro que o revelou ao público português e onde descreve a sua incursão por território Kuvale, que se estende para sul, passando pelo deserto do Namibe até às margens do rio Cunene. Desta e de outras viagens, vividas ou imaginadas, extraíram-se palavras, imagens, cores e sons, matéria traduzida para o corpo em "gestos que repetem outros gestos", como se lê num dos seus poemas. Através deste processo, coreógrafo e bailarinos fizeram um "caminho de regresso ao essencial", sinal de fidelidade criativa a um autor que sempre recusou a ostentação do exotismo. Fidelidade ainda à matriz experimental da Companhia de Dança Contemporânea, que sob a direção artística de Ana Clara Guerra Marques tem desenvolvido uma estratégia de criação de novas estéticas para a dança angolana.
música original João Lucas
figurinos e cenografia Nuno Guimarães
esculturas Issac Dikuiza Rodrigues
desenho de luz Jorge Ribeiro
interpretação Armando Mavo, Adilson Valente, André Baptista, Daniel Curti, Benjamim Curti, Samuel Curti, António Sande
produção executiva Jorge António
direção artística Ana Clara Guerra Marques
produção Companhia de Dança Contemporânea de Angola
estreia 18Jan2013 Teatro Camões (Lisboa)
dur. aprox. 1:15
M/4 anos
Da poesia à antropologia, passando pelo cinema e prolongando-se naturalmente nos confins da ficção. A obra do angolano Ruy Duarte de Carvalho (1941-2010) é uma arte genial de atravessar fronteiras -- disciplinares, geográficas e culturais. Paisagens Propícias é o nome do lugar onde o coreógrafo Rui Lopes Graça e os bailarinos da Companhia de Dança Contemporânea de Angola se encontraram para dançar o universo do autor de Vou Lá Visitar Pastores (1999), livro que o revelou ao público português e onde descreve a sua incursão por território Kuvale, que se estende para sul, passando pelo deserto do Namibe até às margens do rio Cunene. Desta e de outras viagens, vividas ou imaginadas, extraíram-se palavras, imagens, cores e sons, matéria traduzida para o corpo em "gestos que repetem outros gestos", como se lê num dos seus poemas. Através deste processo, coreógrafo e bailarinos fizeram um "caminho de regresso ao essencial", sinal de fidelidade criativa a um autor que sempre recusou a ostentação do exotismo. Fidelidade ainda à matriz experimental da Companhia de Dança Contemporânea, que sob a direção artística de Ana Clara Guerra Marques tem desenvolvido uma estratégia de criação de novas estéticas para a dança angolana.
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quinta-feira, 11 de setembro de 2014
quarta-feira, 10 de setembro de 2014
ahTêVê...!
..5 ...(venham mais 5)
já não sei o que pensar
de tanto 'lixo' no ar
se hei-de mudar de canal
ou simplesmente desligar
o sinal aberto a dar
nisto que nos faz tanto mal.
(mas há excepções, afinal...)
10.dez.2014_ luís castanheira
Piensa en mi
Si tienes un hondo penar, piensa en mí..
si tienes ganas de llorar, piensa en mí.
Ya ves que venero tu imagen divina,
tu párvula boca que siendo tan niña
me enseño a pecar
Piensa en mí cuando sufras, cuando llores
también piensa en mí,
cuando quieras
quitarme la vida, no la quiero para nada,
para nada me sirve sín tí.
Piensa en mí cuando sufras, cuando llores,
también piensa en mí, cuando quieras
quitarme la vida, no la quiero para nada,
para nada me sirve sin tí.
Piensa en mí cuando sufras, cuando llores
también piensa en mí, cuando quieras
quitarme la vida,
No la quiero para nada,
para nada me sirve sin tí.
Piensa en mi.
... (sofia almeida)
...
Pousa e repousa no meu coração
Deixa-te ficar e escuta o seu bater
Sente a tensão de uma luz espelhada
E parte de ti a sentença adormecida
Acende a chama em ti recalcada
Vem até mim de maneira desarrumada
Podes usar,.. podes suar
Mas pousa e repousa no meu coração
Desde que fiques a escutar a canção
Em cada batida tu vieste para ficar
Em cada arfar tu sentes a razão
Nada é eterno mas vives sereno
Porque sabes que comigo tudo é pleno
Nada é prometido tudo é amor
De quem o conhece e explode de paixão
Pousa e repousa em meu coração
Deixa-te ficar e sente a sua pressão
Tudo se transforma em belo quando estamos juntos
Em cada beijo morro e renasço de novo
Tens-me para sempre em teu enlaço!
Pousa e repousa em descanso!!
sofia almeida
in: http://jardimdepalavras.blogspot.pt/
dentro de mim
Dentro de mim
Nas masmorras da minha mente
Vive a ansiedade e a curiosidade
Nas profundezas do meu ser
Vive a necessidade de um humano melhor
Nas entranhas da minha razão vive a dúvida
Tudo o que sou e possuo desejo partilhar
Perco-me na insónia da imaginação
Privo-me de tirar partido da diversão
E acabo por me reger pela minha própria prisão
O medo de não alcançar e ter que o exteriorizar
Destroem o impulso da minha paixão
A vontade de agarrar tudo sem amarras reais
Deixam-me a levitar numa nuvem de emoção
Pressinto uma aurora voraz faminta de mim
Sem que me toque sente-me em tortura
Rasga-se de dentro a voz do coração
Que em comunhão com a alma me levam…
Me levam a viver a mais intensa experiencia de Ser
Esta oportunidade de sentir mais um dia
Que em cada alvorada me mostra uma esperança
Onde o caminho se cruza com as respostas procuradas
E a verdade nasce como água límpida vinda da fonte!..
sofia almeida
in: http://jardimdepalavras.blogspot.pt/
terça-feira, 9 de setembro de 2014
Ana Moura & Camané_ Gala SPA _2011
Ana Moura e Camané
Porque te vestes de preto
Que dor é que te habitua
Quando dobras o gaveto
Ao cimo da minha rua
Que sina escondes no peito
Guardada num xaile antigo
Se é o fado que eu suspeito
Guarda-me a sina contigo
Eu nunca vesti de luto
Este vestido é o fruto
Do que a vida me tem dado
Deu-me o negro do queixume
A escuridão do ciúme
E eu pago com a luz do fado
Até a vida sombria
Deve ter uma estrela guia
Olho o céu e não a vejo
Mas as vidas são vielas
E ao descermos por elas
Vamos sempre dar ao Tejo
Não tenhas dó de nós, não vale a pena
Nenhum se vai esquecer, não tenhas medo
A lágrima perdida é tão pequena
Ao pé do que lembramos em segredo
Não quero, já te disse que não quero
Voltar àquele tempo que foi nosso
Às vezes minto quando sou sincero
É quando quero aquilo que não posso
Foste sincero
Quando te ouvi
Que não podias
Ainda te espero
Porque senti
Que me mentias
Quem nos ditou
Quem nos destina
O fim da estrada
Foi deus que errou
A nossa sina
Foi mal traçada
Disseste adeus
E bateste a porta devagar
Para ninguém notar
Que a vida nos traía
Disseste adeus
Ainda vi que tu sorriste
Vi no teu sorriso triste
Meu amor, até um dia
Que dor é que te habitua
Quando dobras o gaveto
Ao cimo da minha rua
Que sina escondes no peito
Guardada num xaile antigo
Se é o fado que eu suspeito
Guarda-me a sina contigo
Eu nunca vesti de luto
Este vestido é o fruto
Do que a vida me tem dado
Deu-me o negro do queixume
A escuridão do ciúme
E eu pago com a luz do fado
Até a vida sombria
Deve ter uma estrela guia
Olho o céu e não a vejo
Mas as vidas são vielas
E ao descermos por elas
Vamos sempre dar ao Tejo
Não tenhas dó de nós, não vale a pena
Nenhum se vai esquecer, não tenhas medo
A lágrima perdida é tão pequena
Ao pé do que lembramos em segredo
Não quero, já te disse que não quero
Voltar àquele tempo que foi nosso
Às vezes minto quando sou sincero
É quando quero aquilo que não posso
Foste sincero
Quando te ouvi
Que não podias
Ainda te espero
Porque senti
Que me mentias
Quem nos ditou
Quem nos destina
O fim da estrada
Foi deus que errou
A nossa sina
Foi mal traçada
Disseste adeus
E bateste a porta devagar
Para ninguém notar
Que a vida nos traía
Disseste adeus
Ainda vi que tu sorriste
Vi no teu sorriso triste
Meu amor, até um dia
terça-feira, 2 de setembro de 2014
Luz Casal
negra sombra
Cando penso que te fuches
negra sombra que me asombras
ó pé dos meus cabezales
tornas facéndome mofa
Cando maxino que es ida
no mesmo sol te me amostras
i eres a estrela que brila
i eres o vento que zoa
Si cantan, es ti que cantas
si choran, es ti que choras
i es o marmurio do río
i es a noite i es a aurora
En todo estás e ti es todo
pra min i en min mesma moras
nin me dexarás nunca
sombra que sempre me asombras.
No Me Cuentes Tu Vida
Deberías saber
la razón del porqué
de tus muchos fracasos.
Me ha costado entender
cuánto puede doler cualquier ocaso.
Esa noche en que te despedí
los reproches fueron encerrados.
Lo que queda hoy es mi voluntad
de elegir, de pedir, de decir...
Ya no me cuentes más tu vida.
¡Vete de aquí y olvida!
No quiero más heridas,
no soy suicida.
Prefiero seguir así,
con la lección aprendida.
Ya no eres tú la sal de mi comida.
Ya no me cuentes más tu vida.
Deberías saber
que yo soy el lugar
tantas veces pisado.
Has echado a perder
lo mejor del ayer,
nuestros sueños borrados.
Hoy te miro y me cuesta creer
que viví con los ojos cerrados.
En ausencia de mi voluntad
no elegí, me callé, no pedí...
Ya no me cuentes más tu vida...
Ya no me cuentes más tu vida...
dois anónimos poemas
Sinto a vida sem rumo, caminhando divagando, pensando e chorando assim perdida e esquecida num infinito mar de solidão, solidão não por falta de gente, mas sim por falta de rumo… Queria ser como um pássaro, voar alto, vendo apenas a beleza do mundo, da vida, mas isto é apenas um sonho meu... Vou-me encontrar, e arrancar de mim, tudo o que é intemporal, tudo o que me magoa, tudo o que me entristece, encontrando-me apenas em mim a pessoa que sou que fui que ainda cá está, com tanta vida acumulada, continuo a ser eu, mas sem rumo… Instável fiquei, descontrolada nos meus sentidos … Frustrada presa na minha mente, no meu mundo, tenho de sair, sair do que me agonia, de tudo o que me faz mal, o nosso coração bate descompassado… Rumo ao amanhã, sem cordas ou embaraços, com as costas ressequidas de gelo, esse que um dia, me congelou num oceano seco de lágrimas... E fecho os olhos, cerro os ouvidos e desligo-me da minha mente, e faço o meu rumo…
1 de Setembro de 2014 às 23:43
in: http://jardimdepalavras.blogspot.com/
'' Entre lindos bosques caminhei
Buscando algo que ninguém mais quer
Perdi-me em um tempo onde tudo parece irreal
Onde tudo parece cruel
Aprisionei-me em algo desconhecido
Apenas para sentir o máximo e absoluto amor por algo
Questionei-me sem pensar que uma resposta não vem através das dúvidas
Eu quis voar
Eu quis permanecer intacta diante do meu reflexo
Eu apenas quis saborear o instante em que aprendi a chorar
Eu admirei minhas lágrimas e suas suaves formas me fazem sentir algo puro
Não existe dor e sim egoísmo
Entre lindos bosques eu voltei
Voltei para a realidade de acordar
E ser livre para proferir minhas palavras
As palavras que tão incansáveis saem de meus lábios
Pois ainda permanece descansando diante de minha própria imagem
Dessa maneira consigo enxergar o quanto é bom saber chorar...!!''
Buscando algo que ninguém mais quer
Perdi-me em um tempo onde tudo parece irreal
Onde tudo parece cruel
Aprisionei-me em algo desconhecido
Apenas para sentir o máximo e absoluto amor por algo
Questionei-me sem pensar que uma resposta não vem através das dúvidas
Eu quis voar
Eu quis permanecer intacta diante do meu reflexo
Eu apenas quis saborear o instante em que aprendi a chorar
Eu admirei minhas lágrimas e suas suaves formas me fazem sentir algo puro
Não existe dor e sim egoísmo
Entre lindos bosques eu voltei
Voltei para a realidade de acordar
E ser livre para proferir minhas palavras
As palavras que tão incansáveis saem de meus lábios
Pois ainda permanece descansando diante de minha própria imagem
Dessa maneira consigo enxergar o quanto é bom saber chorar...!!''
1 de Setembro de 2014 às 22:40
segunda-feira, 1 de setembro de 2014
Pai
Pai
Pai, dizem-me que ainda
te chamo, às vezes, durante
o sono - a ausência não
te apaga como a bruma
sossega, ao entardecer,
o gume das esquinas. Há nos
meus sonhos um
território suspenso de toda a dor,
um país de verão aonde
não chegam as guinadas da
morte e todas as conchas
da praia trazem pérola. Aí
nos encontramos, para
dizermos um ao outro aquilo
que pensámos ter,
afinal, a vida toda para dizer; aí te
chamo, quando a luz me
cega na lâmina do mar, com
lábios que se movem como
serpentes, mas sem nenhum
ruído que envenene as
palavras: pai, pai. Contam-me
depois que é deste lado
da noite que me ouvem gritar
e que por isso me
libertam bruscamente do cativeiro
escuro desse sonho. Não
sabem
que o pesadelo é a vida
onde já não posso dizer o teu
nome - porque a memória
é uma fogueira dentro
das mãos e tu onde estás
também não me respondes.
Maria do Rosário
Pedreira
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