Na televisão pública angolana foi emitido o concurso 'quem quer ser milionário'.
De algumas edições fizeram, no YouTube, um condensado com vários concorrentes, que por lá passaram.
O que para muitos parecia ser uma paródia, chacota ou motivo de riso, tornou-se para mim um momento triste e deprimente.
Naqueles olhos havia a inocente transparência, na angústia de quem enfrenta perguntas - para outros, simples - totalmente desconhecidas.
Exemplos: instrumento de cordas - (violino) "; crawl - (estilo de natação);
ou, morcego - (mamífero).
As respostas foram erradas como seria de esperar.
As pessoas não tiveram oportunidade de saber o que é um concerto musical, praticarem desporto ou saber da vida e a sua evolução.
Errado é a televisão pública importar e difundir formatos inadequados à cultura dum povo. Não apostarem seriamente em programas didácticos.
E se Angola é rica em tradições...
Pôr de parte este tipo de concursos de pastel, que nada acrescentam e não passam dum novo-riquismo sujeitos ao ridículo, é o primeiro passo para contribuir para uma melhor educação e cultura.
Nesse sentido, um verdadeiro serviço público deve relevar os valores seculares dos vários povos que compõem a nação e não o espectáculo redutor, que só serve para gáuleo duma minoria dita de élite.
Concordo, Luís. Os concursos devem ser adaptados às tradições, embora haja coisas básicas que toda a gente sabe. Infelizmente em Angola, que tem uma população imensamente jovem que não frequenta a escola, o nível cultural é muito baixo. Faz tristeza…
ResponderEliminarUm beijo.