de tão só continuas rapariga
violentada por uns inventada por outros
porém amante mãe amiga
erva sadia de milhões de potros
tu nunca nos traíste e se caíste
o mal nunca foi teu o mal foi nosso
deste sul deste poço
deste país pescoço
com orelhas de muco
não oiças nao te iludas nao te vendas
às rendas das aranhas. Tens no sangue
as invencíveis teias das piranhas
Ary dos Santos
Poema dedicado a Carolina Loff da Fonseca
in: Fotobiografia, Alberto Benfeita
extraído do livro Cartas Vermelhas, de
Ana Cristina Silva, Oficina do Livro, 2011
Um Poeta Maior, este nosso Ary dos Santos.
ResponderEliminarUma boa semana.
Um beijo.