domingo, 17 de junho de 2018

Cristiano_por Rory Smith, The New York Times


Um empate para a história e um jogador eterno



Ronaldo marcou o seu primeiro livre direto num Mundial


No The New York Times, Rory Smith conta como Portugal negou "um momento catártico" à vizinha Espanha. Tudo graças a um livre direto de Ronaldo. Prova de que "à 45.ª é de vez".
A única coisa que os adeptos espanhóis podiam fazer, depois de terminado, era aplaudir. Não fazia sentido abandonarem-se à desilusão, preocupados com o que tudo aquilo poderia significar. A Espanha teve a vitória arrebatada no último momento, viu negado um momento catártico pelo seu vizinho mais próximo mas, no entanto, não houve amargura nem tristeza: apenas admiração e espanto, às vezes não é a vitória, mas a participação.
Deve ter havido certamente um jogo melhor na fase de grupos do Campeonato do Mundo no passado do que o fascinante empate entre Espanha e Portugal na sexta-feira. Tem de ter havido um que tenha sido jogado com mais qualidade, mais rico em drama e mais absorvente. Esse jogo, onde e quando quer que tenha sido jogado, deve ter sido verdadeiramente notável.
Porque superar o que aconteceu na sexta-feira não é uma tarefa simples. Por duas vezes, Portugal liderou. Por duas vezes, a Espanha recuperou, antes de Nacho Fernández marcar o tipo de golo que supostamente está além da habilidade de um lateral direito. O golo deu à Espanha a liderança pela primeira vez na partida e colocou Fernando Hierro, o técnico espanhol, a caminho de uma imensa vitória com apenas um jogo e dois dias no cargo. E então Cristiano Ronaldo, mais uma vez, interveio.
Se os preparativos de Espanha para este jogo foram conturbados - com a demissão do seu técnico anterior, Julen Lopetegui, na véspera do início do Campeonato por não ter revelado que estava prestes a assumir o comando do Real Madrid -, os de Portugal também não foram muito melhores.
Vários membros da equipa, que venceu o Campeonato da Europa em 2016, estão prestes a rescindir os contratos com o seu clube, o Sporting Clube de Portugal, de Lisboa, devido à intimidação dos adeptos e a uma rutura na relação com o presidente do clube.
Entretanto, na manhã de sexta-feira, poucas horas antes do jogo, surgiu nos meios de comunicação espanhóis a notícia de que o próprio Ronaldo havia concordado em pagar às autoridades espanholas 21,8 milhões de dólares em impostos não pagos. Ele também recebeu uma sentença de dois anos de prisão com pena suspensa, segundo os jornais. Seria difícil de acreditar que esses acontecimentos não o perturbassem enquanto o jogo se aproximava.
Ainda assim, foi Ronaldo quem deu a liderança a Portugal, ganhando e convertendo uma grande penalidade com quatro minutos de jogo apenas. E foi Ronaldo quem recuperou a vantagem, com o pontapé que fez a bola passar sob o guarda-redes espanhol David De Gea, quando a primeira parte se aproximava do fim. E foi Ronaldo quem, faltando apenas alguns minutos para o fim da segunda parte, marcou um livre perto da grande área espanhola, com Portugal a perder por 3-2.
Ele havia marcado 44 livres nos Campeonatos do Mundo anteriores. Não marcou golo em nenhum deles. Contudo, como se costuma dizer: à 45ª é de vez.
É verdade que Ronaldo, aos 33 anos, já não é o jogador que era. Ele ainda está perfeitamente esculpido, é claro, uma capa da revista Men´s Health em pessoa, mas o ritmo elétrico abrandou um pouco; já não cobre tanto terreno (apenas um jogador, o defesa português José Fonte, correu menos que Ronaldo numa primeira parte em que um deles marcou duas vezes).
Mas é igualmente verdade que Ronaldo, mesmo no seu crepúsculo, brilha mais do que qualquer jogador com quem entra em contacto. Mais do que esmorecer como jogador, ele evoluiu para algo diferente. É enganador sugerir que se transformou num atacante, num predador da área da grande penalidade, porque ele não é realmente limitado por conceitos mortais como a geografia.
Em vez disso, ele atingiu um nível de eficiência tão devastadora que agora não exige realmente algo tão trivial quanto a bola. Ele não precisa de estar envolvido. Muitas vezes parece que não está a fazer nada ou algo bem próximo disso, como se fosse um mero passageiro. É uma ilusão. Ele está sempre no cockpit.
Isco, seu companheiro de equipa no Real Madrid, foi o jogador dominante no campo, aquele que esteve mais envolvido, que estimulou, sondou e espicaçou, e que vestia uma camisola da seleção espanhola. Ronaldo foi além da necessidade de ditar jogos. Ele preocupa-se apenas em defini-los.
O seu pontapé livre, é desnecessário dizer, elevou-se artisticamente, sem esforço, passou De Gea e entrou no canto da baliza espanhola, como Ronaldo, apesar de todas as evidências históricas em contrário, deve ter sabido que entraria.
Portugal que, como agora se vê, é uma nação que foi constituída em 1128 para que um dia pudesse produzir Cristiano Ronaldo, teria o seu empate. Mais importante, o Campeonato do Mundo de 2018 teve a sua centelha. O resplendor de um jogo como este pode durar pelo menos duas semanas. Nesta fase, ele pode ressoar pelo mundo.
A Espanha teria sido perdoada por se sentir como uma vítima. Foi a melhor equipa neste jogo, teve mais posse de bola, criou mais oportunidades, jogou o futebol mais inteligente, mais suave.
Parecia uma candidata ao título de Campeã do Mundo e não como se estivesse ainda em recuperação da saída de Lopetegui, abalada na sua essência por uma disputa entre os seus jogadores e os dirigentes da federação do país, tendo que se ajustar à vida sob um novo treinador que, até agora, tinha treinado apenas uma equipa da segunda divisão.
O facto de os jogadores espanhóis não terem permitido que nada disso os detivesse na sexta-feira, serve apenas para enfatizar a dimensão do desempenho de Ronaldo e a qualidade geral da partida.
E quando soprou o apito final, o estádio ficou de pé: não só os grupos de adeptos portugueses, não só os neutros e os russos, mas também os adeptos espanhóis, com aquelas camisolas vermelho-sangue. Eles aplaudiram a própria equipa, é claro; houve incentivo suficiente que permitiu ver o cenário completo, acreditar que o tumulto dos últimos dias pode não ser fatal para as suas esperanças.
Mas quando os jogadores de Espanha deixaram o campo, e Portugal ficou no círculo central, os adeptos espanhóis permaneceram de pé e continuaram a bater palmas enquanto todos os jogadores portugueses procuraram Ronaldo, para lhe apertar a mão, passar-lhe a mão pelo cabelo como se ao tocá-lo estivessem a tocar em algo sagrado.
Eles não se importam que ele atraia - exija, na realidade - toda a atenção. Eles não se importam de estar no elenco secundário, assim como os adeptos espanhóis não se importaram de fornecer o público para os três atos do espetáculo de um homem só. Às vezes, é um prazer estar simplesmente presente; às vezes, é um prazer recostar e assistir. E, no final, às vezes não há mais nada a fazer senão aplaudir.
in: jornal "DN"

domingo, 3 de junho de 2018

Luis Portela_entrevista



"Tudo é explicável e demonstrável. Não acredito em milagres, mas não nego fenómenos invulgares por não terem ainda uma explicação"



Lucília Monteiro

Leia ou releia a entrevista a Luís Portela, Chairman da Bial e escritor



Clara Soares

Jornalista e Psicóloga
O edifício da Bial – a maior farmacêutica portuguesa –, situado na Trofa, distrito do Porto, encontra-se no meio de uma zona verde onde nem falta uma pequena nascente que separa a Trofa da Maia. Uma vez lá dentro, é impossível passar ao lado dos armários envidraçados com objetos, fotografias e embalagens de fármacos que resumem quase um século de história; ou ignorar os certificados emoldurados nas paredes do gabinete amplo do homem que queria ser investigador, exerceu medicina e se fez gestor. Com dois fármacos patenteados (o antiepilético Zebinix e o Ongentys para a doença 
de Parkinson), um património calculado em 650 milhões de euros e dois terços da faturação proveniente do mercado externo, Luís Portela foi o rosto 
da internacionalização da empresa 
e continua a receber homenagens. 
O Prémio Bial é um dos maiores a nível europeu e a fundação tem créditos firmados na promoção da investigação de excelência em psicofisiologia 
e parapsicologia, tendo apoiado 614 projetos, envolvendo 1 351 cientistas 
de 25 países.
Aos 66 anos, o neto de Álvaro, 
o fundador da empresa, orgulha-se do caminho trilhado. Sete anos depois de passar a pasta ao filho António, continua a dedicar-se a outra das suas grandes paixões: a escrita. Após o 12º simpósio bienal Aquém e Além do Cérebro, em abril, dedicado ao tema Potenciar a Mente, o homem que devolveu a espiritualidade à ciência e que, em 2010, foi eleito membro honorário da Parapsychological Association, da American Association for the Advancement of Science, tem um novo livro. Da Ciência ao Amor(Gradiva, 160 págs., €11) é dirigido a “leitores que não se contentam com o materialismo das sociedades desenvolvidas e querem ir mais longe no conhecimento de si”.
O subtítulo “Pelo esclarecimento espiritual” sugere uma obra mais ambiciosa do que as anteriores. 
O que precisa de ser esclarecido?
Fez-se um caminho fantástico na área científica e tecnológica, ao nível do corpo físico e do sistema nervoso central, mas a espiritualidade ficou para trás. Desejo que a ciência aprofunde e desenvolva essa área e permita que cada um se conheça melhor, enquanto partículas de energia universal, e se responsabilize pelos atos próprios 
e em relação aos outros, sejam ou não humanos.
Quanto tempo levou a escrever este livro com tantas pesquisas na área do paranormal?
Dois anos e meio. Depois de Ser Espiritual (2013), que vai na 23ª edição, fui convidado a fazer palestras públicas pelo País e senti que a minha mensagem tinha sido acolhida. Não sendo religioso, respeito as religiões e tive bispos católicos nas minhas apresentações. Embora apresentassem motivos de discrepância, aceitaram 
e aplaudiram, e eu quis dar continuidade ao trabalho com 
a exploração científica feita em meios universitários nas últimas décadas.
A parapsicologia ainda é um território tabu na comunidade científica?
A ciência oficial investiu muito pouco nesta área e tem a obrigação de arregaçar as mangas e de estudar fenómenos sem parti pris, sem o direito de dizer “isso não existe”, “não presta”. Felizmente existem médicos, psicólogos, físicos, matemáticos e filósofos, em equipas multidisciplinares, a investigar com rigor. O verdadeiro conhecimento conquista-se e partilha-se. Pode ser utópico, mas acredito que é uma questão de tempo até nos vermos como parte de um todo universal, num clima de respeito e de amor incondicional. 
O desafio do livro é também esse.
É possível provar com rigor científico que “isto anda tudo ligado”? A mediunidade, a telepatia…
Tudo é explicável e demonstrável. Não acredito em milagres, mas não nego fenómenos invulgares que existem desde a Antiguidade por não terem ainda uma explicação, dada a sua imprevisibilidade e dificuldade de replicar em laboratório. Essa dificuldade deve constituir um acicate para a ciência, até porque muitos destes fenómenos, como a mediunidade, têm relevância estatística. O psiquiatra norte-americano Ian Stevenson, que tive a honra de conhecer pessoalmente, constituiu na Universidade da Virgínia um grupo de trabalho só para estudar as vidas passadas de crianças, mais fidedignas do que os adultos. Foram três mil casos um pouco por todo 
o mundo, dois deles em Lisboa: ouviram e gravaram os relatos, despistaram conexões com vizinhos, amigos 
e familiares, e tentaram demonstrar se a história tem veracidade no local em que aconteceu. Conclusão: em 68% dos três mil casos ficou demonstrado que os mesmos tinham sido reais – aquela pessoa existiu naquelas circunstâncias.
E porque não se lhes dá crédito 
na comunidade científica?
Se foram feitos com o rigor do método científico, não vejo por que motivo estes estudos da consciência não são reconhecidos. Ao longo da História, houve quem fosse morto, queimado 
ou degolado em nome da verdade. 
Há avanços, mas faz falta esclarecer 
as pessoas e deixar de parte as balelas 
e a exploração ignóbil da Humanidade. A academia começa a abrir-se 
ao estudo da telepatia ou transmissão de pensamento, à hipnose, que já 
é utilizada correntemente em alguns hospitais e universidades, e, até, 
ao próprio reiki ou transferência 
de energia a que recorrem hospitais portugueses – públicos e privados – e outros um pouco por toda a Europa.
O que são estudos triplamente cegos, usados na investigação 
da mediunidade?
É um procedimento em que o médium não conhece o ser com quem tenta entrar em contacto nem a pessoa que lhe coloca questões. Quem faz 
as perguntas também não conhece 
o médium nem o falecido, e este não terá conhecido os outros dois. Assim se garante que não há influência do pensamento nem que o médium pode captar telepaticamente essas respostas.
Allan Kardec [francês que codificou o espiritismo] ficaria satisfeito 
com tais estudos?
Admito que sim, na medida em que foi pioneiro a sistematizar informação que ninguém conhecia sobre fenómenos paranormais [no século XIX]. Ele ou os grandes mestres, de Jesus a Einstein, também teriam satisfação nisso. Eles contribuíram para o desenvolvimento espiritual da Humanidade pela postura exemplar, íntegra, com ideias orientadoras e uma linguagem comum.
Porém, é legítimo ter desconfiança, dada a manipulação mental cultivada por seitas.
No plano religioso e místico acontece muito. Tenho pena que quem se diz seguidor de mestres espirituais não alcance a simplicidade deles: honram-
-nos em altares de ouro, mas não fazem o caminho. Parece-me que é difícil ter sol na eira e chuva no nabal ao mesmo tempo.
Quando criou a fundação, foi 
a pensar em apoiar o estudo científico destas áreas?
Após criar o Prémio Bial, em 1994, pensámos numa fundação independente e convidámos o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas para assegurar a parte científica e técnica. Foi o professor Nuno Grande quem definiu a psicofisiologia e a parapsicologia como as duas áreas a apoiar: a primeira, por eu a ter lecionado na universidade; a outra, acrescentou ele, “porque toda a gente sabe que gosta e me parece justo”. Fiquei encantado.
As meditações de grupo e a oração 
à distância produzem impacto 
no mundo físico?
A influência do pensamento ou do efeito terapêutico à distância ainda não foi demonstrada. O que se comprovou já é que certas ocorrências que abalam a Humanidade tendem a gerar um pensamento comum. Quando morreu a princesa Diana, estavam a fazer-se experiências de registo das emoções humanas e verificaram-se alterações nas sequências registadas por geradores de eventos automáticos.
Não teme perder-se nos mistérios da espiritualidade?
Em adolescente fiz a leitura comparada das Bíblias católica e protestante, também lia sobre ioga, espiritismo ou o movimento Rosa-Cruz. Habituei
-me a respeitar as correntes filosóficas e espirituais, mas não sou religioso. Retiro diariamente um tempo para meditar e refletir e, duas vezes por ano, faço um exame de consciência sozinho, na natureza. Estamos no mundo-
escola, que é o planeta Terra, para aprender e evoluir.
Está a falar do conceito 
da reencarnação?
Prefiro falar da teoria das vidas sucessivas que acontece a todos nós.
A partilha destes temas é feita ainda em segredo. Como é consigo?
Sei bem. Ouvi de autarcas, políticos, gestores, governantes e até de um Presidente da República, não o atual, 
“já me aconteceu isto mas não diga 
a ninguém”. Não assumem em público, mas desejam que eu estude o assunto. À porta fechada, naturalmente.
Como se pode usar esse conhecimento cá fora, socialmente?
Acho muito bonito quando se é capaz de tirar alguns minutos do dia para se encontrar consigo mesmo. Custa, leva tempo, mas traz uma libertação extasiante. É um caminho de aperfeiçoamento, de purificação, que dá satisfação. O verdadeiro espiritualista está sereno e disponível para ajudar outros de forma responsável. Corrigir o seu próprio mundo é dar um contributo muito importante para a evolução da Humanidade e, dessa forma, ser um exemplo para quem está à sua volta.
Como em O Livro do Caminho Perfeito, de Lao Tsé. O que é para si 
o caminho perfeito?
A busca incessante da perfeição, da felicidade possível. A Madre Teresa, pequena, frágil, sem ser bonita nem muito culta, conseguiu levar muita gente atrás dela a fazer coisas bonitas.
Nunca se sentiu tentado a investigar também no terreno?
Cada macaco no seu galho. A medicina e a investigação eram a vida que eu tinha imaginado para mim. No dia em que renunciei a isso, com sofrimento interior, não o partilhei com ninguém. Se a vida me estava a encaminhar para fazer gestão da empresa familiar, eu não ia ser muito exigente. Podemos ser muito exigentes connosco mas não com a vida. Pensei que se me sobrasse um dinheirito, podia financiar investigadores, que fizessem o que eu gostava de fazer, e continuar o caminho.
Vive bem com as suas circunstâncias e escolhas?
Larguei a carreira de médico e de investigador para continuar a obra do meu avô e do meu pai. Achava que se eu não pegasse na empresa, em 1979, ela ia ao charco. Fui aprendiz de gestor e saí-me bem.
O que guarda do seu avô?
Ele era um autodidata, trabalhava de sol a sol, com uma visão e uma capacidade de realizar fantásticas. Também era um bocadinho estouvado, ganhava mas depois gastava. Eu identificava-me com ele, mas fui buscar ao meu pai o lado sóbrio, sereno, robusto.
O que quer dizer com a abundância material ter por base a espiritual, e não o contrário? Ou que o semelhante atrai o semelhante?
Há pessoas que optam por vir à Terra numa situação de pobreza, outras em situação intermédia e outras ainda 
de riqueza. Cada uma permite um tipo de aprendizagem. Gerar riqueza, por exemplo, é uma capacidade que obriga a um rigor grande na gestão 
dos recursos. Quanto à semelhança, hoje admite-se que, ao contrário 
da eletricidade e do magnetismo – em que os polos do mesmo sinal se repelem e os de sinal contrário se atraem –, na espiritualidade o positivo atrai o positivo e repele o negativo.
Como se aplica este princípio 
à saúde e à vida de um modo geral?
Cada um de nós é responsável pelos seus pensamentos. Quem controla o pensamento e a palavra também pode controlar o ato. Se optar por ter pensamentos úteis, a si e em relação aos outros, pode atrair para si 
a positividade. Perceber-se enquanto partícula universal capaz de interligar-
-se com outras, numa atitude de amor, e de dar-se, totalmente, sem qualquer condição nem pedir nada em troca.
Como lida com questões fraturantes como as barrigas de aluguer 
ou a eutanásia?
Se o meu ponto de vista estiver em minoria, defendo-o de forma sensata, serena e elegante, se possível. A paz constrói-se de dentro para fora. Praguejar vale zero. O que vale é cada um de nós pacificar-se, sentir-se bem, gostar de si e constituir-se como uma partícula de paz, de amor.