terça-feira, 1 de março de 2016
Ana Moura *Moura #1* Moura Encantada
"Ninharia" de Ana Moura entre as cem canções favoritas da rádio pública dos EUA
ACTUALIDADELUSA20:47, 28 jun
O tema "Ninharia", do mais recente álbum de Ana Moura, faz parte da lista das cem canções favoritas deste ano da NPR, a rádio pública dos Estados Unidos, que emite para a totalidade do território norte-americano.
"Ninharia" é uma letra de Maria do Rosário Pedreira, que Ana Moura gravou na melodia do Fado Carlos da Maia de Sextilhas, e faz parte do alinhamento do álbum "Moura", editado em dezembro de 2015.
Na ocasião, em declarações à Lusa, Ana Moura afirmou que o CD "é aberto ao mundo, fazendo pontes entre diferentes tradições musicais, não esquecendo a matriz fadista", de onde a artista partiu.
O fado cantado por Ana Moura faz parte de um lista que inclui, entre outras, canções de artistas como Beyoncé, Anohni, Aurora, David Bowie, Chance the Rapper, Esperanza Spalding, Gregory Porter, Caleb Caudle, Fuego, Boris Giltberg, James Blake, Leyla McCalla e Kanye West.
"Moura", que dá título ao CD, é um tema que a poetisa Manuela de Freitas ofereceu à fadista, que o canta na melodia tradicional do Fado Cravo, de Alfredo Marceneiro.
Neste CD, pela primeira vez, a fadista canta autores como Samuel Úria, Jorge Cruz, Edu Mundo, Carlos Tê, Kalaf, numa composição de Sara Tavares, e José Eduardo Agualusa, numa música do angolano Toty Sa'Med.
O produtor de "Moura" é Larry Klein, que também produziu o álbum anterior, "Desfado". Todavia, a intérprete de "Os búzios" afirmou à Lusa que "não queria um 'Desfado dois', que foi tão 'fora da caixa', queria voltar a fazer uma coisa diferente".
"Este CD, o 'Moura', é mais atento aos pormenores", rematou.
NL // MAG
Lusa/Fim
DISCOGRAFIA
10. NINHARIA
(Letra de Maria do Rosário Pedreira e Música: Fado Carlos da Maia (Sextilhas))
Foi nessa noite maldita
Que abri a porta à desdita
De que só eu sou culpada.
Precipitada, incontida,
Expulsei-te da minha vida
Por uma coisa de nada.
Quando ela vinha a passar,
Cismei ver no teu olhar
Um brilho que me ofendia
E logo rompi os laços,
Atirei-te p'rós seus braços
Só por essa ninharia.
O que fiz não tem remédio,
Tudo é solidão e tédio,
Não mereço ser feliz.
Porque não fui eu capaz
De logo voltar atrás
E desfazer o que fiz?
Agora, quando te vejo,
Suspiro pelo teu beijo,
Mas nem pergunto aonde vais.
Chamo baixinho o teu nome
Na culpa que me consome,
Mas sei que é tarde demais.
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