27-6-1930
A vida é para nós o que concebemos dela. Para o rústico cujo campo próprio lhe é tudo, esse campo é um império. Para o César cujo império lhe ainda é pouco, esse império é um campo: O pobre possui um império; o grande possui um campo. Na verdade, não possuímos mais do que as nossas próprias sensações; nelas, pois, que não no que elas vêem, temos que fundamentar a realidade da nossa vida.
/ Isto não vêm a propósito de nada. /
in: Fernando Pessoa_Livro do Desassossego
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