A FÚRIA
Começou lentamente!
Evoluiu de um diálogo completamente banal.
Alimentou-se de sarcasmo, ateou-se com acusações e ressentimentos.
Subitamente, a tua fúria abateu-se sobre mim.
Qual dique que cede, submergindo-me, arrastando-me.
Tento resistir, retribuir.
Avisto o Rubicão!
A rutura inevitável. O ponto em que o que é dito não tem retração possível.
O espaço que nos rodeia é opressivo, o ar pesado.
Recuo!
Começo a dirigir-me para a saída.
Os teus punhos cerrados atingem-me no peito.
A tua cabeça inclina-se com violência, uma madeixa do teu cabelo; Branca como a neve; roça pela minha a face.
Nesse preciso momento recordo o nosso primeiro beijo; qual “Déjà-vu” invertido:
Os teus punhos empurram-me frouxamente o tronco, a tua cabeça inclina-se numa fuga sem energia aos meus lábios.
E a mesma madeixa! Só que negra; a roçar-me a face, a encher-me de desejo.
Olho para ti. És bela.
A minha perceção muda. A tua fúria revela-se medo. A violência, insegurança.
Um carinho imenso por ti enche-me o peito.
Estou na tua mente, no teu coração.
Abraço-te!
Resistes!
Encosto a minha cara a tua.
Murmuro que te amo ao ouvido. Que sempre amei, mesmo quando pensei que não.
Que não concebo uma vida sem ti a meu lado.
Gradualmente o teu corpo perde a rigidez.
A tua face ainda resiste.
Beijo-te a orelha.
Miras-me de lado, já sem fúria nem odio.
Sorris!
Olhas-me nos olhos.
Beijo-te novamente.
Vejo-me refletido no teu olhar.
Pouso os meus lábios nos teus, que se abrem para mim.
O espaço rasga-se.
O ar entra as golfadas, puro.
O meu coração é novamente jovem, a minha paixão sábia.
E tu meu amor, a justificação da minha existência!
Começou lentamente!
Evoluiu de um diálogo completamente banal.
Alimentou-se de sarcasmo, ateou-se com acusações e ressentimentos.
Subitamente, a tua fúria abateu-se sobre mim.
Qual dique que cede, submergindo-me, arrastando-me.
Tento resistir, retribuir.
Avisto o Rubicão!
A rutura inevitável. O ponto em que o que é dito não tem retração possível.
O espaço que nos rodeia é opressivo, o ar pesado.
Recuo!
Começo a dirigir-me para a saída.
Os teus punhos cerrados atingem-me no peito.
A tua cabeça inclina-se com violência, uma madeixa do teu cabelo; Branca como a neve; roça pela minha a face.
Nesse preciso momento recordo o nosso primeiro beijo; qual “Déjà-vu” invertido:
Os teus punhos empurram-me frouxamente o tronco, a tua cabeça inclina-se numa fuga sem energia aos meus lábios.
E a mesma madeixa! Só que negra; a roçar-me a face, a encher-me de desejo.
Olho para ti. És bela.
A minha perceção muda. A tua fúria revela-se medo. A violência, insegurança.
Um carinho imenso por ti enche-me o peito.
Estou na tua mente, no teu coração.
Abraço-te!
Resistes!
Encosto a minha cara a tua.
Murmuro que te amo ao ouvido. Que sempre amei, mesmo quando pensei que não.
Que não concebo uma vida sem ti a meu lado.
Gradualmente o teu corpo perde a rigidez.
A tua face ainda resiste.
Beijo-te a orelha.
Miras-me de lado, já sem fúria nem odio.
Sorris!
Olhas-me nos olhos.
Beijo-te novamente.
Vejo-me refletido no teu olhar.
Pouso os meus lábios nos teus, que se abrem para mim.
O espaço rasga-se.
O ar entra as golfadas, puro.
O meu coração é novamente jovem, a minha paixão sábia.
E tu meu amor, a justificação da minha existência!
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Há um provérbio chinês que diz: "A flecha atirada, não regressa". É como as palavras, em fúria atiradas. Mas o Amor, esse Amor, enraizado, tem a carapaça resistente a momentos como este. O sentimento do que somos
fica patente ao outro e, embora as palavras magoem, elas ficarão esquecidas, perdidas, nunca atingindo o alvo.
Belo, este momento de Amor. +Mario Goncalves . Se me permite, vou guardar em texto no m/blog.
fica patente ao outro e, embora as palavras magoem, elas ficarão esquecidas, perdidas, nunca atingindo o alvo.
Belo, este momento de Amor. +Mario Goncalves . Se me permite, vou guardar em texto no m/blog.
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